"Nasce o Sol e não dura mais que um dia,
Depois da Luz se segue a noite escura,
Em tristes sombras morre a formosura,
Em contínuas tristezas e alegria.
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
Como a beleza assim se transfigura?
Como o gosto da pena assim se fia?
Mas no Sol, e na Luz falta a firmeza,
Na formosura não se dê constância,
E na alegria sinta-se a tristeza,
Começa o mundo enfim pela ignorância,
E tem qualquer dos bens por natureza.
A firmeza somente na inconstância."
Análise:
Gregório de Matos, em seu poema esta comparando a ideia de
luz e sol e contrapondo a ideia de escuridão e noite, quando há luz e há sol, há
alegria, quando há escuridão e há noite, há tristeza. Na segunda estrofe ele faz
uma série de perguntas tentando entender essas inconstâncias das coisas do
mundo. “Como a beleza assim se transfigura?”, perguntas que não possuem
respostas, Chegando na terceira estrofe Gregório, parece já estar conformado
com a ideia das coisas serem inconstantes, e admite que a única coisa constante
é a inconstância.
Excelente analise.Me chama atenção o fato do autor tirar das coisas banais como o dia e a noite reflexões profundas sobre a vida.
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ResponderExcluirMe chama atenção a conclusão do autor de que o mundo começa pela ignorância. E que mesmo na alegria, a tristeza é sentida.
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ResponderExcluirÓtima analise. Me chama a atenção o fato de que ele, se conformar de que tudo é inconstante, é que ele diz que a única coisa que é constante é a inconstância.
ResponderExcluirÓtima análise, vale ressaltar as comparações que o autor faz. Luz/dia resulta em alegria e a escuridão entende-se à tristeza, trevas. A escuridão nos faz lembrar de coisas ruins da vida, e luz às coisas maravilhosas de se viver.
ResponderExcluirÓtima análise, vale ressaltar as comparações que o autor faz. Luz/dia resulta em alegria e a escuridão entende-se à tristeza, trevas. A escuridão nos faz lembrar de coisas ruins da vida, e luz às coisas maravilhosas de se viver.
ResponderExcluirAnálise completa. O que mais me chama a atenção e o jeito que o autor trata a inconstância, se conformando e dizendo que a única coisa constante é a inconstância.
ResponderExcluir-João Victor Menegat
Análise completa. O que mais me chama a atenção e o jeito que o autor trata a inconstância, se conformando e dizendo que a única coisa constante é a inconstância.
ResponderExcluir-João Victor Menegat
Estou gostando muito do blog. Vocês estão indo bem. Porém, vocês devem associar as características do Barroco ao texto apresentado.
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