Arquitetura Barroca
A arquitetura barroca (AO 1945: arquitetura
barroca) é o estilo arquitetônico praticado durante o período barroco, que,
precedido pelo renascimento e maneirismo, inicia-se a partir do século XVII,
durante o período do absolutismo, e decorre até a primeira metade do século XVIII.
A palavra portuguesa "barroco"
define uma pérola de formato irregular (Pérola imperfeita).
Na arquitetura barroca, a expressão típica
são as Igrejas, construídas em grande quantidade durante o movimento de Contra
Reforma. Rejeitando a simetria do renascimento, destacam o dinamismo e a
imponência, reforçados pela emotividade conseguida através de meandros,
elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos visuais, tanto
nas fachadas quanto no desenho dos interiores.
Quanto à arquitetura sacra, compõe-se de
variados elementos que pretendem dar o efeito de intensa emoção e grandeza. O
teto elevado e elaborado com elementos de escultura dá uma dimensão do
infinito; as janelas permitem a penetração da luz de modo a destacar as
principais esculturas; as colunas transmitem uma impressão de poder e de
movimento.
Considerando que o Renascimento contou com
a riqueza e o poder dos tribunais italianos e era uma mistura de forças
seculares e religiosas, o Barroco foi, pelo menos inicialmente, diretamente
ligada à Contrarreforma, um movimento dentro da Igreja Católica a reformar-se,
em resposta à Reforma Protestante. A
arquitetura barroca e seus enfeites eram por outro lado mais acessíveis para as
emoções e, por outro lado, uma declaração visível da riqueza e do poder da
Igreja. O novo estilo manifestou-se, em particular, no contexto das novas
ordens religiosas, como os Teatinos e os jesuítas que visam melhorar a piedade
popular.
As principais características do
barroco definem-se como uma reação à simetria e às formas rígidas do
Renascimento: utilizam o dinamismo plástico, a suntuosidade e a imponência,
reforçados por intensa emotividade conseguida através de sinuosidades,
elementos contorcidos e espirais, produzindo diferentes efeitos perspéticos e
ilusórios, tanto nas fachadas quanto no desenho das plantas e dos interiores
das edificações. A intenção da criação de ilusão do movimento; combinação e
abundância de linhas opostas que reforçam o efeito cênico; o uso de
jogos de claro-escuro pela construção de massas salientes e reentrantes
(sinuosas ou lisas). Os elementos construtivos usados como elementos puramente
decorativos: uso de colunas tosas, helicoidais, duplas ou triplas e
escalonadas; os frontões são compostos ou interrompidos, que reforçam o
movimento ascensional das fachadas; o uso de decorações naturalistas
convertem-se em elementos característicos do estilo.
Barroco Mineiro
O barroco chega à América Latina,
especialmente ao Brasil, com os missionários jesuítas, que trazem o novo estilo
como instrumento de doutrinação cristã. Os primeiros templos surgem como uma
transplantação cultural, que se utiliza modelos arquitetônicos e de peças
construtivas e decorativas trazidas diretamente de Portugal.
Com a descoberta do ouro, estende-se
por todo o país o gosto pelo barroco. Durante o século XVIII, quando a Europa
experimenta as concepções artísticas do Neoclassicismo, a arte colonial mineira
resiste às inovações, mantendo um barroco tardio mas singular.
A distância do litoral e as
dificuldades de importação de materiais e técnicas construtivas vão dar ao
barroco de Minas Gerais um caráter peculiar, que possibilita a criação de uma
arte diferenciada, marcada pelo regionalismo. A conformação urbana das vilas
mineiras e a fé intimista, em que cada fiel se relaciona com seu santo
protetor, viabilizam uma forma de expressão única, que se define como um gosto
artístico e, mais do que isso, como um estilo de vida — um modo de ver, sentir
e vivenciar a arte e a
fé. As primeiras
capelas, erguidas nos arraiais auríferos, seguiu-se a edificação de templos com
magníficos altares, tetos pintados e imagens adornadas com ouro e pedras
preciosas.
Surgiram além das igrejas, edifícios
públicos e inúmeras moradias. As inovações artísticas pareciam acompanhar a
vida econômica e financeira de uma região ilusoriamente próspera.
Nessa sociedade onde, em função da
exploração das minas, crescia o número de escravos negros, a mestiçagem ocorria
frequentemente. Nos anos 70 do século XVIII era esmagadora a presença de
mulatos e negros na capitania das Minas. Dados da época davam conta de que, dos
cerca de 320 mil habitantes, 60 mil eram brancos. Então eram mudados muitos
daqueles que participavam desta verdadeira escola que, nascida de mestres
europeus, frutificou e amadureceu, encontrando sua própria expressão do
"Belo".
Nesse contexto, surgem artistas que
trabalham a partir das condições materiais da região, adaptando os ideais
artísticos à sua vivência cotidiana. Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e
Manoel da Costa Ataíde são os expoentes máximos dessa arte adaptada ao ambiente
tropical e ligada aos recursos e valores regionais. Aleijadinho introduz a
pedra-sabão em seus trabalhos escultóricos para substituir o mármore, e Ataíde
cria pinturas similares aos apreciadíssimos azulejos portugueses, quando
trabalham juntos na Igreja de São Francisco de Assis. É nesse sentido que o
barroco desenvolvido em Minas Gerais ganha expressão particular no contexto
brasileiro, firmando-se como Barroco Mineiro.
Algumas imagens de construções barrocas:





Fontes:https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_barroca
http://www.macamp.com.br/variedades/Barroco.htm
Boa pesquisa, mas é necessário colocar legenda embaixo de cada imagem. Coloquem nome da imagem, autor e onde ela está.
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