segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Texto Arcadismo-Tomás Antônio Gonzaga

Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!


 O poema  acima faz parte de um conjunto de liras famosas intituladas  Marília de Dirceu ,que contam a historia do pastor Dirceu e sua amada Marília.Nessa obra o autor cultiva a ideia  árcade  da vida campestre,onde o personagem vive de forma simples em meio as ovelhas e aproveita a vida na companhia de sua amada.No poema também e possível notar outra característica bem presente nos textos do Arcadismo:o Bucolismo,nesse estilo de poema e demonstrado o cotidiano da vida no campo exaltando-o como a melhor forma de viver,esse estilo alimentou a mentalidade do preceito horaciano  do fugere urbem ("fugir da cidade"), muito comum na época.

5 comentários:

  1. O eu lírico, apaixonado por Marília demonstra seu amor com simples palavras. Mesmo vivendo no campo, nega à sua amada que é um simples pastor, porém faz o possível para conquistá-la. Nota-se que o autor cita muitas coisas referentes às atividades do campo.

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  2. Como já foi dito, mas vale a pena ressaltar uma das características do Arcadismo: a idealização da mulher amada, podendo ser notada do inicio ao fim do poema. Outra característica notável é o tom de confissão que o eu lírico fala com a sua amada.

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  3. O eu lirico fala de seu amor pelo seu pasto, mas sem deixar de lado a sua mulher idealizada de forma maravilhosa, e fala que todo o'que ele faz no pasto dele, é graças a sua mulher.

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  4. O texto realmente ressalta o amor dele por Marília. Que é o pseudônimo de sua esposa, Maria.

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  5. Vinícius, esta informação de que Marília é pseudônimo da esposa de Tomás Antônio Gonzaga é falsa. Pesquise sobre isso e corrija a informação.

    Além disso, gostaria que vocês explicassem o seguinte: Por que Marília é conhecida como Marília de Dirceu? Quem é pastor: o eu-lírico ou o autor? Qual a relação do uso de pseudônimo com o fingimento poético?

    João Victor, você não comentou nenhum dos poemas...

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