domingo, 20 de novembro de 2016

Questões do Enem sobre Arcadismo

(ENEM-2016)   Questão 132


Soneto  VII
Onde estou? Este sítio desconheço:
Quem fez tão diferente aquele prado?
Tudo outra natureza tem tomado;
E em contemplá-lo tímido esmoreço.
Uma fonte aqui  houve; eu  não  me esqueço
De estar a ela um dia reclinado:
Ali em vale um monte está mudado:
Quando pode dos anos o progresso!
Árvores  aqui vi  tão  florescentes
Que faziam perpétua a primavera:
Nem troncos vejo agora decadentes.
Eu me  engano: a região esta  não era;
Mas que venho a estranhar, se estão presentes
Meus males, com que tudo degenera.
(COSTA, C.M. Poemas. Disponível em  www.dominiopublico.gov.br. Acesso em 7 jul  2012)
No soneto de  Claudio Manuel da Costa, a contemplação da  paisagem permite  ao  eu  lírico uma reflexão em que transparece uma
(A) angústia provocada pela sensação de solidão.
(B) resignação diante das  mudanças do  meio ambiente.
(C) dúvida existencial em  face do espaço desconhecido.
(D) intenção de recriar o passado por meio da paisagem.
(E) empatia entre os sofrimentos do eu e  a agonia da terra.
Gabarito oficial: E
Comentário: O texto de  Claudio é representativo de  algumas  das  características  árcades: o fugere  urbem, o  bucolismo locus amoenus, presentes no retorno ao  campo  e  no desejo explícito de  vida tranquila que  outrora o eu   lírico  vislumbrara (“Uma  fonte aqui  houve”; “Árvores aqui vi florescentes”).  O desejo de  tranquilidade se  contrapõe à realidade, uma vez que  o  eu  lírico demonstra  ter encontrado  um lugar  diferente  daquele  guardado em  sua  memória (“Eu me  engano: a região esta  não era; / Mas que venho a estranhar, se estão presentes /Meus males, com que tudo degenera.”).
Link: http://conversadeportugues.com.br/2016/11/enem-2016-questoes-comentadas-arcadismo/

(ENEM-2015) Questão 110
Casa dos Contos

& em cada conto te cont
o & em cada enquanto me enca
nto & em cada arco te a
barco & em cada porta m
e perco & em cada lanço t
e alcanço & em cada escad
a me escapo & em cada pe
dra te prendo & em cada g
rade me escravo & em ca
da sótão te sonho & em cada
esconso me affonso & em
cada claúdio te canto & e
m cada fosso me enforco &
(ÁVILA, A. Discurso da difamação do poeta. São Paulo: Summus, 1978.)

O contexto histórico e literário do período barroco- árcade fundamenta o poema Casa dos Contos, de 1975. A restauração de elementos daquele contexto por uma poética contemporânea revela que
(A) a disposição visual do poema reflete sua dimensão plástica, que prevalece sobre a observação da realidade social.
(B) a reflexão do eu lírico privilegia a memória e resgata, em fragmentos, fatos e personalidades da Inconfidência Mineira.
(C) a palavra “esconso” (escondido) demonstra o desencanto do poeta com a utopia e sua opção por uma linguagem erudita.
(D) o eu lírico pretende revitalizar os contrastes barrocos, gerando uma continuidade de procedimentos estéticos e literários.
(E) o eu lírico recria, em seu momento histórico, numa linguagem de ruptura, o ambiente de opressão vivido pelos inconfidentes.
Gabarito oficial : E
Comentário: A  primeira  referência  ao movimento  literário do   século XVIII é  o   título:  “Casa dos  Contos” é um dos  prédios  do  sistema de  museus de  Ouro Preto  (antiga  Vila  Rica). A  construção  foi, originalmente, a  “Casa de  Contratos”, destinada ao  recolhimento de  impostos;  no  entanto,  em  1789, passou a ser a Sede da Administração e Contabilidade Pública da Capitania de Minas Gerais (daí ser  chamada Casa dos Contos) e serviu de prisão aos  Inconfidentes (entre eles, os Tomás Antônio Gonzaga e  Claudio Manoel da  Costa).
O estudante deve   perceber  que  o   poema  é  uma descrição do prédio  onde  os  inconfidentes foram  presos: “… em cada  porta…”, “… em  cada arco…”, “… em cada  porta”…, “… em cada fosso…”, “… em cada Claudio…”.
Link: http://conversadeportugues.com.br/2015/11/enem-2015-questoes-comentadas-arcadismo/

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Cláudio Manoel da Costa-Sonetos X

Sonetos
X
Eu ponho esta sanfona, tu, Palemo,
Porás a ovelha branca, e o cajado;
E ambos ao som da flauta magoado
Podemos competir de extremo a extremo.

Principia, pastor; que eu te não temo;
Inda que sejas tão avantajado
No cântico amebeu: para louvado
Escolhamos embora o velho Alcemo.

Que esperas? Toma a flauta, principia;
Eu quero acompanhar te; os horizontes
Já se enchem de prazer, e de alegria:

Parece, que estes prados, e estas fontes
Já sabem, que é o assunto da porfia
Nise, a melhor pastora destes montes.


Analise:
Pelo que podemos notar este apresenta características comuns ao Arcadismo,como a poesia bucólica e pastoril,na qual a uma exaltação ao estilo de vida do campo e a trabalho de pastoreio.Neste poema em especifico o autor coloca a natureza como único refugio possível para o poeta que tem por objetivo refletir sobre as angustias e os sofrimentos amorosos com sua musa Nise.
Fonte: http://www.soliteratura.com.br/arcadismo/arcadismo02.php

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Cartas Chilenas-Tomas Antonio Gonzaga-Cartas 1 á 6

Cartas chilenas
Cartas Chilenas é uma obra escrita pelo poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810). Trata-se de uma das obras satíricas mais emblemáticas desse período.
Ela está composta por diversos poemas que ficaram conhecidos na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), Minas Gerais, no contexto da Inconfidência Mineira.
Por esse motivo, os textos que circulavam na cidade no final do século XVIII, foram marcados pelo anonimato de seu autor. Durante muito tempo, foram analisadas as cartas para saber quem era o real escritor.
A obra recebe esse nome pois Critilo (pseudônimo do escritor) é morador da cidade de Santiago no Chile, que na verdade é Vila Rica, em Minas Gerais.
Essa troca de nomes surge também em outros trechos, donde Espanha seria Portugal, e Salamanca, Coimbra.

Estrutura da Obra
Composta de 13 cartas, as Cartas Chilenas foram escritas por Tomás Antônio Gonzaga, através do pseudônimo Critilo.
Ele escreve para seu amigo Doroteu, que na realidade é o escritor árcade  Cláudio Manuel da Costa.
A obra é composta de versos decassílabos (dez silabas poéticas) e brancos (sem rimas). A linguagem utilizada é satírica, irônica e, por vezes, agressiva.




Análise das cartas
Carta 1.ª: Em que se descreve a entrada que fez Fanfarrão em Chile. Descrição da chegada do governador.
Carta 2.ª: Em que se mostra a piedade que Fanfarrão fingiu no princípio do seu governo, para chamar a si todos os negócios. Descrição sobre a centralização dos negócios do governo.
Carta 3.ª: Em que se contam as injustiças e violências que Fanfarrão executou por causa de uma cadeia, a que deu princípio. Descrição das injustiças governamentais.
Carta 4.ª: Em que se continua a mesma matéria. Descrição de injustiças e violências do governador.
Carta 5.ª: Em que se contam as desordens feitas nas festas que se celebraram nos desposórios do nosso sereníssimo infante, com a sereníssima infanta de Portugal. Festa de casamento do governador.
Carta 6.ª: Em que se conta o resto dos festejos. Descrição sobre as confusões causadas na festa de casamento.



Alguns trecho das cartas.

Carta 1
“Amigo Doroteu, prezado amigo,
Abre os olhos, boceja, estende os braços
E limpa, das pestanas carregadas,
O pegajoso humor, que o sono ajunta.”

Carta 2
“As brilhantes estrelas já caíam
E a vez terceira os galos já cantavam,
Quando, prezado amigo, punha o selo
Na volumosa carta, em que te conto”

Carta 3
“Que triste, Doroteu, se pôs a tarde!
Assopra o vento sul, e densa nuvem
Os horizontes cobre; a grossa chuva,
Caindo das biqueiras dos telhados”

Carta 4
“Maldito, Doroteu, maldito seja
O vício de um poeta, que, tomando
Entre dentes alguém, enquanto encontra
Matéria em que discorra, não descansa.”

Carta 5
“Tu já tens, Doroteu, ouvido histórias
Que podem comover a triste pranto .
Os secos olhos dos cruéis Ulisses.
Agora, Doroteu, enxuga o rosto,
Que eu passo a relatar-te coisas lindas.”

Carta 6

“Eu ontem, Doroteu, fechei a carta
Em que te relatei da igreja as festas .
E como trabalhava, por lembrar-me
Do resto dos festejos mal descalço.”


A obra completa pode ser baixada aqui:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000293.pdf

Basílio da Gama - A Uma Senhora que o Autor Conheceu no Rio de Janeiro e Viu Depois na Europa


A Uma Senhora que o Autor Conheceu no Rio de Janeiro e Viu Depois na Europa
Na idade em que brincando entre os pastores
Andava pela mão e mal andava,
Uma ninfa comigo então brincava
Da mesma idade e bela como as flores.

Eu com vê-la sentia mil ardores;
Ela punha-se a olhar e não falava;
Qualquer de nós podia ver que amava,
Mas quem sabia então que eram amores?

Mudar de sítio a ninfa já convinha,
Foi-se a outra ribeira; e eu naquela
Fiquei sentindo a dor que n'alma tinha.

Eu cada vez mais firme, ela mais bela;
Não se lembra ela já de que foi minha,
Eu ainda me lembro que sou dela!...

Temos na poesia figuras de linguagem, tais como a comparação e a hipérbole. A comparação existente neste poema quando ele compara sua amada a uma bela flor que se encontra no quarto verso. Já a hipérbole está presente quando o eu lirico diz ''Eu com vê-la sentia mil ardores''. E podemos observar também o uso do bucolismo no poema, principalmente neste trecho "Mudar de sítio à ninfa já convinha, foi-se a outra ribeira; e eu naquela, fiquei sentindo a dor que n'alma tinha. Mas também quando se fala sobre a ninfa é possível encontrar uma característica do Arcadismo que é a exaltação da amada. Uma curiosidade é que o texto acima é chamado de soneto italiano ou petrarquiano, que apresenta dois quartetos e dois tercetos, sendo assim o inverso da forma de soneto geralmente conhecida.

Cartas Chilenas-Tomas Antonio Gonzaga-Cartas 7 á 13

As cartas são 13 cartas escritas por Critrilo(pseudônimo do autor) relatando os desmandos,atos corruptos,nepotismo,abuso de poder,falta de conhecimento,entre outros erros jurídicos e administrativos do governador "Fanfarrão Minésio"(o governador Luís Cunha Meneses) no governo do "Chile"(a cidade de Vila Rica). As cartas são dirigidas a "Doroteu",que e ninguém menos que Cláudio Manuel da Costa.os poemas são satíricos e tem linguagem agressiva,e são escritas em versos decassílabos.Nelas o escritor Critilo e um habitante da cidade de Santiago no Chile,e narra os atos de despotismo,ignorância,corrupção do governador para seu amigo Doroteu,que vive em Madri.a obra foi toda escrita no contexto da Inconfidência Mineira.O objetivo central da obra era mostrar a corrupção do governo de Luís da Cunha Meneses,governador da capitania de Minas Gerais entre os anos de 1783 e 1788.

      

Carta 7

“Há tempo, Doroteu, que não prossigo
Do nosso Fanfarrão a longa história.
Que não busque cobri-los com tal capa,
Que inda se persuada que os mais homens"

Nesta carta o autor fala sobre as decisões  do governador ,e seus erros jurídicos.

 

Carta 8

“Os grandes, Doroteu, da nossa Espanha
Têm diversas herdades: uma delas
Dão trigo, dão centeio e dão cevada,
As outras têm cascatas e pomares,
Com outras muitas peças, que só servem,
Nos calmosos verões, de algum recreio.”

Essa carta trata da venda de despachos e contratos do governo.O autor descreve de maneira irônica a corrupção no governo.

 

Carta 9

“Agora, Doroteu, agora estava
Bamboando, na rede preguiçosa
E tomando, na fina porcelana,
O mate saboroso, quando escuto
De grossa artilharia o rouco estrondo.”

O autor fala sobre a desordem do governador em relação ao comando das tropas.


 

Carta 10

“Quis, amigo, compor sentidos versos
A uma longa ausência e, para encher-me
De ternas expressões, de imagens tristes,
A banca fui sentar-me, com projeto.”

Nessa carta e descrita as consequências das ações tomadas por Fanfarrão  na nona carta.


Carta 11

“No meio desta terra há uma ponte,
Em cujos dois extremos se levantam
De dois grossos rendeiros as moradas;
E, apenas, Doroteu, o sol declina.”

Na décima primeira carta e descrito os métodos maliciosos do governador.

  

Carta 12

“Aquele que se jacta de fidalgo
Não cessa de contar progenitores
Da raça dos suevos, mais dos godos;
O valente soldado gasta o dia
Em falar das batalhas, e nos mostra
Das feridas, que preza, cheio o corpo;”

A carta aponta para o nepotismo do governador,ou seja,o favorecimento de pessoas próximas a ele(pratica muito comum ate hoje na política brasileira).

   

Carta 13

“Ainda, caro amigo, ainda existem
Os vestígios dos templos suntuosos
Que a mão religiosa do bom Numa
Ergueu o Marte e levantou a Jano.”

A última carta ficou inacabada.No trecho o autor fala sobre o sistema de governo e sua perversidade.

Fontes: http://www.enemsimples.info/2011/07/resumo-cartas-chilenas-tomas-antonio.html
            https://www.todamateria.com.br/cartas-chilenas/
A obra completa pode ser baixada aqui:
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000293.pdf


SONETO III - Claudio Manuel da Costa

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vêde lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vêdes) tão pesado; 
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra 
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo, 
Vereis a formosura, que eu adoro; 
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; 
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, 
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

Análise:

Podemos perceber neste texto como o autor faz referência à natureza e na espontaneidade de demonstrar/testemunhar seus sentimentos. Claudio Manuel da Costa neste soneto quis buscar a essência de seus sentimentos pelos valores da natureza, e no faz refletir sobre a vida de quem se dedica a agricultura ou ao pastoreio.

domingo, 6 de novembro de 2016

MORTE DE LINDÓIA - Basílio da Gama



Um frio susto corre pelas veias
De Caitutu, que deixa os seus no campo;
E a irmã entre as sombras do arvoredo
Busca coa vista, e treme d'encontrá-La.
Entram enfim na mais remota e interna
Parte do antigo bosque, escuro e negro,
Onde, ao pé duma lapa cavernosa,
Cobre uma rouca fonte, que murmura,
Curva latada de jasmins e rosas.
Este lugar delicioso e triste,
Cansada de viver, tinha escolhido
Para morrer a mísera Lindóia.
Lá reclinada, como que dormia
Na branda relva e nas mimosas flores;
Tinha a face na mão e a mão no tronco
Dum fúnebre cipreste, que espalhava
Melancólica sombra. Mais de perto
Descobrem que se enrola no seu corpo
Verde serpente, e lhe passeia e cinge
Pescoço e braços, e lhe lambe seio.
Fogem de a ver assim sobressaltados
E param cheios de temor ao longe;
E nem se atrevem a chamá-la, e temem
Que desperte assustada e irrite o monstro,
E fuja, e apresse no fugir a morte.
Porém o destro Caitutu, que treme
Do perigo da irmã, sem mais demora
Dobrou as pontas do arco, e quis três vezes
Soltar o tiro, e vacilou três vezes
Entre a ira e o temor. Enfim sacode
arco e faz voar a aguda seta,
Que toca o peito de Lindóia e fere
A serpente na testa, e a boca e os dentes
Deixou cravados no vizinho tronco.
Açoita o campo coa ligeira cauda
O irado monstro, e em tortuosos giros
Se enrosca no cipreste, e verte envolto
Em negro sangue lívido veneno.
Leva nos braços a infeliz Lindóia
O desgraçado irmão, que ao despertá-la
Conhece, com que dor! no frio rosto
         Os sinais do veneno, e vê ferido
Pelo dente sutil o brando peito.
Os olhos, em que Amor reinava, um dia,
Cheios de morte; muda aquela língua,
Que ao surdo vento e aos ecos tantas vezes
Contou a larga história de seus males.
Nos olhos Caitutu não sofre pranto
E rompe em profundíssimos suspiros,
Lendo na testa da fronteira gruta
De sua mão já trêmula gravado
O alheio crime e a voluntária morte,
E por todas as partes repetido
O suspirado nome de Cacambo.
lnda conserva o pálido semblante
Um não sei quê de magoado, e triste,
Que os corações mais duros enternece.
Tanto era bela no seu rosto a morte!

O poema é escrito em decassílabos brancos, sem divisão em estrofes, mas é possível perceber a sua divisão em partes: proposição, invocação, dedicatória, narrativa e epílogo. Abandona a linguagem mitológica, mas ainda adota o maravilhoso, apoiado na mitologia indígena. Foge, assim, ao esquema tradicional, sugerido pelo modelo imposto em língua portuguesa, Os Lusíadas. Por todo o texto, perpassa o propósito de crítica aos jesuítas, que domina a elaboração do poema.

Fonte:http://arcadismo-no-brasil.blogspot.com.br/2014/11/analise-obras-basilio-da-gama.html

sábado, 5 de novembro de 2016

Caramuru - Frei josé de santa rita durão

Caramuru – XXXI  (Frei josé de santa rita durão)
“Nas comestíveis ervas é louvada
 O Quiabo, o Jiló, os Maxixeres,
 A Maniçoba peitoral prezada,
 A Taioba agradável nos comeres:
O palmito de folha delicada,
 E outras mil ervas, que se usar quiseres,
Acharás na opulenta natureza
Sempre com mimo preparada a mesa. XXXII”

Pode-se observar a valorização da natureza é vista através da descrição das maravilhas naturais brasileiras. A linguagem é simples, principalmente, se compararmos à escola literária anterior, o Barroco, a qual pregava o rebuscamento das palavras. Aspectos específicos  da literatura árcade presente no texto são: Valorização da vida no campo, objetividade , proposta de linguagem simples, de frases na ordem direta e de palavreado de uso popular.

 Fontes:
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/Livros_eletronicos/caramuru.pdf
http://brasilescola.uol.com.br/literatura/arcadismo.htm
http://www.passeiweb.com/estudos/livros/caramuru