segunda-feira, 14 de novembro de 2016

SONETO III - Claudio Manuel da Costa

Pastores, que levais ao monte o gado,
Vêde lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vêdes) tão pesado; 
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra 
A causa de um martírio tão cansado.

Se a quereis conhecer, vinde comigo, 
Vereis a formosura, que eu adoro; 
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro; 
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo, 
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

Análise:

Podemos perceber neste texto como o autor faz referência à natureza e na espontaneidade de demonstrar/testemunhar seus sentimentos. Claudio Manuel da Costa neste soneto quis buscar a essência de seus sentimentos pelos valores da natureza, e no faz refletir sobre a vida de quem se dedica a agricultura ou ao pastoreio.

7 comentários:

  1. E possível notar no texto as reflexões morais que são características marcantes do autor.

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  2. O autor relata em seu soneto a vida sofrida e cansada dos pastores no campo.

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  3. Seus poemas possuem uma forma única. Manuel da Costa adapta o modo de fazer literatura em Portugal á necessidade poética do Brasil, sem deixar de lado uma estrutura composta por técnica e erudição pulquérrimas, porém, geralmente oscila entre o Arcadismo e o Barroco em suas obras.

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  4. É notável características do arcadismo como o pastoralismo, o uso de pseudônimos e a presença de uma musa.

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  5. Além de todas as características que Victor citou, podemos ressaltar a simplicidade do eu lírico.

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  6. Arthur, reveja essa informação sobre vida sofrida e cansada no campo. Não está correta.

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  7. Pessoal, vocês não têm falado sobre os temas árcades nos comentários. Uma dica: vocês vão precisar saber esses temas para a avaliação.

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