Vêde lá como andais por essa serra;
Que para dar contágio a toda a terra,
Basta ver se o meu rosto magoado:
Eu ando (vós me vêdes) tão pesado;
E a pastora infiel, que me faz guerra,
É a mesma, que em seu semblante encerra
A causa de um martírio tão cansado.
Se a quereis conhecer, vinde comigo,
Vereis a formosura, que eu adoro;
Mas não; tanto não sou vosso inimigo:
Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;
Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,
Chorareis, ó pastores, o que eu choro.
Análise:
Podemos perceber neste texto como o autor faz referência à natureza e na espontaneidade de demonstrar/testemunhar seus sentimentos. Claudio Manuel da Costa neste soneto quis buscar a essência de seus sentimentos pelos valores da natureza, e no faz refletir sobre a vida de quem se dedica a agricultura ou ao pastoreio.
E possível notar no texto as reflexões morais que são características marcantes do autor.
ResponderExcluirO autor relata em seu soneto a vida sofrida e cansada dos pastores no campo.
ResponderExcluirSeus poemas possuem uma forma única. Manuel da Costa adapta o modo de fazer literatura em Portugal á necessidade poética do Brasil, sem deixar de lado uma estrutura composta por técnica e erudição pulquérrimas, porém, geralmente oscila entre o Arcadismo e o Barroco em suas obras.
ResponderExcluirÉ notável características do arcadismo como o pastoralismo, o uso de pseudônimos e a presença de uma musa.
ResponderExcluirAlém de todas as características que Victor citou, podemos ressaltar a simplicidade do eu lírico.
ResponderExcluirArthur, reveja essa informação sobre vida sofrida e cansada no campo. Não está correta.
ResponderExcluirPessoal, vocês não têm falado sobre os temas árcades nos comentários. Uma dica: vocês vão precisar saber esses temas para a avaliação.
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